sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dimensões de abordagem sobre o ato de ensinar em algumas manifestações do pensamento pedagógico.

A prática de finalidades sociais da escola é muito recente e ocorreu aproximadamente há pouco mais de dois séculos. Na Antiguidade e na Idade Média a educação estava primordialmente atrelada a classe social privilegiada (os homens livres e/ou os nobres), cumprindo sua função conservadora de educação do ao qual lhe foi atribuído, transmitindo visões que atendiam às necessidades da época.
Sócrates, Platão, Aristóteles e Santo Tomás de Aquino foram os primeiros a  compreenderem as expressões filosófico-pedagógicas na Antiguidade e Idade Média.
Na Idade Média a prática educativa enfatizou a formação do homem como ser imperfeito buscando a perfeição, esta prática educativa visava retirar o ser humano da condição de pecador e conduzí-lo a salvação da alma. No período de transição entre a sociedade feudal e a capitalista, Comênio (1592-1670) escreveu a Didática Magna (1657) onde expressa sua concepção de didática como processo seguro e excelente para instruir. Para o pensador, a escola é uma verdadeira "oficina do homem". Assim que a burguesia surgiu trouxe a necessidade de um novo cenário educacional, aquelas concepções vigentes durante a Idade Média foram superadas pela ideia de "individualidade" e do "desenvolvimento humano", às relações sociais de trabalho caminhavam agora para instruir uma sociedade voltada para a produtividade e consumo.
Herbart (1776-1847), denominado de pai da moderna ciência da educação, iniciou o processo de sistematização da ciência pedagógica, até então como atividade prática. O teórico define ainda que a educação moral como forma de desenvolver na alma da criança uma inteligência e uma vontade adequadas.
Segundo Herbart, o desenvolvimento do caráter da criança é definido em três estágios: sensação e percepção; memória e imaginação; julgamento e conceitos universais. Com essa compreensão, o ensino herbatiano enfatiza a literatura e a história, visando apresentar à criança a vida dos grandes heróis, suas experiências e representações, para que possa perceber, compreender e formar julgamentos em situações complexas.

Pela primeira vez é formulado um esquema de cinco passos formais a serem seguidos pelo professor na instrução:
1°- O professor deve recordar os conhecimentos já aprendidos;
2°- O novo conhecimento é apresentado;
3°- Compara-se o novo ao velho conhecimento, encaminhando para a assimilação;
4°- Chega-se a generalização;
5°- Efetiva-se a aplicação em exercícios;

Após Herbart, Dewey surge propondo a renovação da escola alterando a abordagem das finalidades da prática pedagógica. Dewey propõe a criação de uma "escola nova" com a finalidade de direcionar a criança para melhor compreensão do que é aprendido, onde o professor deve voltar o ensino não para a transmissão/assimilação dos conteúdos, mas torná-los atraentes, facilitar a aprendizagem e desenvolver aptidões, interesses e a criatividade do aluno, visando atender os anseios da sociedade.
O teórico critica ainda o modelo de ensino tradicional onde o professor é o centro da transmissão de conhecimentos. Sua concepção funda-se na mente e na inteligência humana evoluindo em situações práticas e sociais de vida. Neste caso, o ensino deve procurar adaptar a matéria de estudo às necessidades atuais da vida individual e social do aluno, partindo dos seus interesses e experiências. Assim com Herbart, Dewey disponibiliza cinco passos didáticos a serem seguidos pelo professor:
1°- Atividade do aluno;
2°- A definição de uma problemática de estudos;
3°- A coleta de dados;
4°- A elaboração de hipóteses;
5°- A experimentação;
Para Skinner é importante considerar a influência do ambiente sobre o organismo. Skinner propõe que para alcançar o controle do comportamento do aluno, deve-se manipular o reflvidaorço com considerável precisão e modelar a resposta desejada, segundo o controle de vários tipos de estímulos, por meio de máquinas de ensinar e da instrução programada desenvolvida em laboratório.

"Competências é a capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles. (Pirrenoud 1999, pp-7-8)".
Para o autor, ser professor significa focalizar o aluno, criando situações para aumentar as probabilidades de aprendizagens e utilizar métodos ativos de ensino para desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes pretendidas. Essa concepção é concebida em dois sentidos:
1°- Nova relação do professor com o saber: não se trata de expor de forma eruditca e metódica o conhecimento de determinado assunto, mas utilizá-lo como recurso para identificar e resolver problemas, preparar e tomar decisões; não se trata em transmitir conhecimento numa ordem lógica, mas de lidar com a regulação do processo de aprendizagem e com a construção de problemas de complexidades.
2°- Que o professor trabalhe regularmente com problemas: é preciso criar condições/situações para o aluno confrontar-se com dificuldades específicas, bem dosadas, apredendo a superá-las; deve-se exigir o alcance de metas, resolver problemas, tomar decisões e regular a aprendizagem, confrontá-lo com problemas numerosos, complexos e realistas, trabalhando sempre por meio de situações-problemas;

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